terça-feira, 28 de janeiro de 2014

FUNERAL DE MANDELA: INTÉRPRETE PARA SURDOS MUDOS ERA IMPOSTOR (FAZIA GESTOS SEM NEXO)

Em funeral de Mandela, intérprete para surdos e mudos era um impostor

De acordo com a Federação Mundial dos Surdos, o homem que deveria fazer a tradução dos discursos para a linguagem dos sinais passou todo o evento sinalizando coisas sem sentido.


A África do Sul tomou conhecimento nessa quarta-feira, 11, que tradutor da cerimônia em homenagem a Nelson Mandela na última terça-feira, 10, realizado
no estádio FNB, era
 um impostor
. O homem que deveria fazer a tradução dos discursos para a linguagem dos sinais, para surdos e mudos, passou todo o evento sinalizando coisas sem sentido.
 A constatação do "erro" foi feita por surdos e mudos que acompanhavam a cerimônia e denunciada na última terça-feira, 10, por associações como a Federação Mundial de Surdos.
 Muito chateada, a surda-muda, deputada sul-africana e vice-presidente da federação, Wilma Newhoudt, definiu a situação como "vergonhosa". Durante o acontecimento, ela havia tentado, através do Twitter, pedir que retirassem o impostor. "Que vergonha esse homem que se chama intérprete no palco. O que ele está sinalizando? Ele sabe que surdos não podem vocalmente vaiá-lo", avisou.
 De acordo com Delphin Hlungwane, intérprete oficial da Federação de Surdos da África do Sul, o falsário não conhecia a linguagem de sinais que  fingiu interpretar. "Ele gesticulava e apenas mexia as mãos para todos os lados, sem nenhuma gramática, sem utilizar nenhuma estrutura. Ele não conhecia nenhuma regra da língua", explicou. "Ele não traduziu nada, porque nenhum de seus gestos fazia nenhum sentido."
 Até agora, a identidade do homem não foi divulgada pelas autoridades. No entanto, uma investigação foi aberta. 

 Redação O POVO Online

*PERGUNTO: -  É ESSA TAL DE ONU QUE CUIDA DA PAZ NO MUNDO, DA SUSTENTABILIDADE PLANETÁRIA, DA SEGURANÇA CONTRA O USO DA BOMBA ATÔMICA, DA FOME, DO ANALFABETISMO, DAS TIRANIAS E TORTURAS, DA ESCRAVIDÃO INFANTIL, DO TRÁFICO DE MULHERES E DE ÓRGÃOS HUMANOS, DO AQUECIMENTO GLOBAL?!?! ... BARBARIDADE, NÃO TEMOS MAIS EM QUE SEGURAR! É O FIM DO FIM!! NEM PARA VERIFICAR UM IMPOSTOR DE SURDOS-MUDOS PRESTAM...!! E LÁ ESTAVAM OBAMA, MERKEL, PUTIN, PRIMEIRO MINISTRO DA INGLATERRA, REPRESENTANTES DAS GRANDES POTENCIAS, E ATÉ UM AVIÃO LOTADO DE POLÍTICOS BRASILEIROS LIDERADOS PELA DILMA-LÁLÁ (PORQUE BRASILEIRO SÓ ANDA EM TURMA, GOSTAM DE "SUSTANÇA")

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O QUE DISSERAM OS OSSOS DE UM REI


                              O QUE DISSERAM OS OSSOS DE UM REI

          O reino percorrido pelo monarca e seu séquito era muito grande. Por onde passava, nem que não o quisesse, havia o alarido popular. Afinal era um rei, sua corte e exército ostensivo. Somente percorrendo seus domínios é que um soberano pode ver e sentir as diversidades e carências que assolam o seu povo. De várias partes dos campos, planícies e montanhas, de terras cultivadas longínquas até as mais próximas, o povo humilde acorria ao rei, uns para apenas contemplá-lo, vez que o incentivo clerical preconcebia a deificá-lo. Outros vinham para avistar o rei e beijar o anel do bispo; para levar consigo uma benção. O temor de uma maldição era maior que a reverência ao sacerdote. “Por amor ao santo se beija o altar.”
          Estes procedimentos da cúpula real eram conscientes, racionais, visavam desfazer curvas e atalhos e encurtar o caminho entre o poder e o povo crédulo, extremamente místico eivado de superstições, gente mísera e subserviente; de tudo eram necessitados e extorquidos. E mantê-los desta forma, era a maneira mais cômoda e menos trabalhosa encontrada na fórmula da composição do poder medievo.
Esta introdução tem por fim, apenas acusar as Eras e as castas de mandatários que retinam os procedimentos e atos de Poder ao decurso da Idade Média.

          Lá pela década de 1136, Idade Média, o rei e sua corte devidamente escoltados por seus cavaleiros, passavam pela aldeia de Northshire no condado de Yorkshire, na região de North Riding. Exerciam as funções da Justiça Itinerante, instituída pelo rei Henrique I.  A igreja o informara  que estava nos planos da Sé, por sua localização,  vir a localidade a tornar-se  sede de um priorado que se encarregaria da construção de uma grande catedral a São Joaquim e Sant’Anna (Avós maternos de Jesus). Os relicários de Santa Ana se encontravam largamente espalhados pelo Velho Mundo. Desde um fragmento de osso, a um dente, ou presumidos ossos maiores. Muita dissenção houvera entre o poder clerical, pela disputa de uma partícula de osso, de apenas insinuada e suposta legitimidade. Esses relicários davam muito poder às cúrias, mosteiros e catedrais, que tinham soberbamente aumentado o afluxo de penitentes, romeiros e fiéis às suas igrejas e com eles o movimento das feiras de comércio geral, consequentemente giro de dinheiro, inclusive para a construção da Catedral.
          O rei imbuído de suas prerrogativas seculares de governante e o bispo das suas, como representante da Sé, montavam belos cavalos, lindamente ornados, comparados aos demais subalternos. O rei reparou que um homem do povo, aldeão e serviçal, não lhe veio saudar como todos os demais súditos, continuando seriamente cabisbaixo em seus afazeres.
          O rei, que era arrogante e orgulhoso, foi incitado pelo bispo: “que ele como rei, estava sendo afrontado por um reles camponês.” Isto costumava ser motivo para um vassalo ser pendurado pelo pescoço na primeira árvore, e ali deixado até a morte. Não era permitido a familiares tirá-lo da forca, com pena de lhe fazer companhia. Seria deixado para ser comido pelos corvos. Esta era uma das sentenças comuns, mas tinha o conforto das rezas e benzimentos do bispo itinerante, antes da corte dar as costas ao enforcado.
          Mas também - vivenciando o momento - é “dever de um soberano inquirir um homem do povo sobre o que teria a falar em sua defesa”, no caso quanto à indiferença para com a divindade de um rei.
- Meu bom homem! - Assim falou o rei no tratamento usual da época. Em seguida: - Por que motivo menospreza a presença de vosso Rei e Senhor? Não sabeis que poderás pagar com tua miserável vida tal afronta? Por que o fazes?

          O velho homem humildemente responde: - Sou bastante idoso majestade, e muito já vivi. Conheci há muitas primaveras atrás um poderoso rei, que aqui viveu uns tempos, para tratamento de sua saúde que não ia bem. Quis ele usufruir da paz e sossego de Northshire. Morreu ele no mesmo dia e hora que um mendigo, que caiu morto na rua. Só temos este cemitério comum e pequeno, por estarmos muito distantes da sede do reino. Por essa razão foram aqui enterrados no mesmo dia.

          O velho rei, naturalmente minha Majestade, foi sepultado com todas as honras devidas a um divino e soberano imperador, em uma cripta monumental. Tudo pago com as moedas de ouro contidas numa bolsa de couro, deixadas com o xerife local. O fragilizado rei já pressentia seu fim! Apressou-se o aldeão a contar isso para o rei.

          Como Vossa Majestade pode ver o cemitério é bastante pequeno, por isso as sepulturas - de tão díspares criaturas -, têm que ficar tão próximas umas das outras.

          - Por essa razão, estavas abaixado a revolver a terra, e então não me vistes?   - Sim Alteza Real, sou o coveiro desse Campo Santo. E não vos dirigirei a palavra como um aldeão comum, mas de quem vê a vida de ambos os lados. Como sendo o único, a saber ler e escrever na aldeia, sou solicitado também a ajudar crianças a virem ao mundo, bem como vezes sem conta sepulto a seus avós e pais. Ajudo crianças a verem a luz e a cerrar os olhos dos que não mais a verão. Preparo como posso as crianças para a vida, e preparo os mortos para a última morada. Conduzo-os em minha carroça e os sepulto envoltos em lençóis. Como não há pároco na aldeia, também lhes faço a última prece. E prossegue:

          - Nesta vida Majestade, nós reconhecemos as pessoas comuns, os mendigos e os reis, por suas vestimentas. Por seus corpos saudáveis quando nobres, ou cobertos de doenças e arquejados pelo excesso de trabalho de sol a sol, quando for um servo. Depois, ó Excelsa Majestade, pelos túmulos: uma simples cova sem cruz pertence a um mendigo; a que tem uma cruz e uma pequena identificação: a de um camponês alquebrado; um magnífico mausoléu de granito, mármore de Carrara, encimado por uma escultura em mármore ou bronze e uma grande cruz do Cristo: é a de um importante nobre ou de um rei.

          Mas por lástima, meu rei e senhor,  certo dia veio a ocorrer tremendo temporal, com raios e ventos que arrancavam árvores e destelhavam casas. O temporal a tudo devastou.  Solapou a terra revolvida do cemitério, em grandes enxurradas, afundando e derrubando jazigos e mausoléus, grandes cruzes e esculturas. A tempestade devastou a terra. As ossadas humanas ficaram na superfície em quantidade incontável, todas misturadas com lápides e terra. Não ficou um túmulo sequer sem destruição. Crânios e demais ossos misturados a corpos  ainda não comidos totalmente pela terra. Seria impossível a separação e distinção dos ossos secos. Não conseguimos, eu e demais voluntários a coveiros improvisados, separar os ossos dos nobres em meio aos demais, por ser absolutamente impossível. Afirmo-vos Majestade, poucas coisas são tão iguais no mundo como os esqueletos e os ossos dos homens, sejam eles quem forem e a que raça pertencerem. Por mais que fizéssemos, nos foi impossível distinguir entre os ossos de servos da terra comuns, nobres, do rei e dos mendigos.

          Por esta razão meu rei, pela dedicação ao meu trabalho, o respeito, reverência e respeito ao grande e então compassivo rei aqui sepultado, esquecendo-nos de seu passado e somente vendo-o no presente, cuja lápide aqui está: Henrique I – Rei da Grã-Bretanha. Por isso não vos notei. Perdão Majestade!

          Todos soltaram um grito de surpresa e temor, ao verem a lápide gravada, tal a magnanimidade e coragem de um dos maiores reis-administradores que tinham conhecimento.

          O coveiro ainda disse: - O motivo de minha maior atenção foi devida a imensa semelhança entre os ossos quando destituídos da efêmera carne e vaidosa roupagem . Este teu humilde e insignificante servo está agora inteiramente disponível à sua digna vontade e justiça, Minha Majestade!


          O rei como não querendo ouvir mais tanta verdade, que lhe calava profundo, imediatamente maneando o cavalo, sem mais, ordena ao velho coveiro: - Prossiga em seus ofícios. E, a galope com seu séquito a segui-lo, sem olhar para trás, se afastou daquele lugar ermo.

sábado, 18 de janeiro de 2014

PENSAMENTOS EXTRAIDOS DO LIVRO 

"O CASTELO DO REI SCARPARO"

DE MAURO MARTINS SANTOS



A vida é mais que poesia é encantamento em caixa de cristal.
(Página 22)

O Criador não condena o filhote da águia por ele deixar o ninho, nem de imprudente por que ele criou asas, nem de louco por que se lançou no espaço.
(Página 27)

O que é a beleza senão a luz que nos acalma?
(Página 33)

O amor tem um sotaque próprio que o tempo extrai e traduz.
(página 47)

Ás vezes a maior beleza está na simplicidade de m gesto ou de um olhar.
(Página 51)

Há certas luzes que jamais se apagam.
(Página 59)

Não há mistério no finito. O fim é um começo. Isto é mistério.
(Página 69).

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SE TEMOS UMA BIBLIOTECA E UM JARDIM TEMOS TUDO.
(Walt Whitman)

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Mauro Martins Santos


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As Cortinas do Tempo
Academia Guaçuana de Letras
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As Cortinas do Tempo , Academia Guaçuana de Letras, Esconderijo das Palavras (Paula Mestrinel)  Site: Recanto Das Letras.

Sobre mim

Membro fundador da Academia Guaçuana de Letras (AGL)
Patrono: ORÍGENES LESSA, CADEIRA Nº 5
(Obra mais conhecida de Orígenes Lessa – O FEIJÃO E O SONHO, QUE FOI SÉRIE TELEVISIVA NA REDE GLOBO, COM NATALIA DO VALLE (COMO ROSINHA) E CLAUDIO CAVALCANTI  (COMO PROFESSOR  LARA).  ORÍGENES  possui mais de 40 outros títulos em livros, e centenas de artigos em revistas e jornais. A maioria de seus livros foram traduzidos em mais de 20 idiomas. O único jornalista brasileiro a entrevistar Charles Chaplin. Falava fluentemente Inglês, Francês, Italiano e alemão. Fundador da BMOL (Biblioteca Municipal “Orígenes Lessa”) em Lençóis Paulista , sua terra Natal. Instituiu e a Prefeitura decretou que as ruas de Lençóis Paulista levem os nome se escritores brasileiros e de colaboradores da BMOL – ele brincava: - “Os grandes doadores de livros à BMOL dão nomes ás ruas e os pequenos doadores darão nomes aos becos”.

SÓ PARA CONSTAR COMO CURIOSIDADES: O PAI DE ORÍGENES LESSA FOI O REV. VICENTE THEMUDO LESSA, QUE O COLOCOU EM UM SEMINÁRIO PRESBITERIANO. ORÍGENES FUGIU DO SEMINÁRIO E SE INSTALOU NO RIO DE JANEIRO, ONDE ESTUDOU JORNALISMO. LUTOU COM SÉRIAS DIFICULDADES FINANCEIRAS, FOI PROFESSOR E INSTRUTOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA (NO TEMPO, SE CHAMAVA GINÁSTICA) FOI UM DOS GRANDES JORNALISTAS BRASILEIROS E MAIOR ANIDA ESCRITOR, NOVELISTA, ROMANCISTA, CONTISTA, CRONISTA, RESENHISTA, DRAMATURGO... O REV. VICENTE THEMUDO LESSA, FOI UM DOS FUNDADORES DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DE MOJIMIRIM-SP, QUANDO HOUVE O DESMEMBRAMENTO (QUESTÕES DE DIVERGÊNCIAS DOGMÁTICAS E DOUTRINÁRIAS) DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL. ORGENES´SEGUIU SUA VIDA "SOLO" SEGUINDO SUA PRÓPRIA RAZÃO E VOCAÇÃO OU SEJA, ERA ESCRITOR, E DEPOIS ESCRITOR. E MORREU ESCRITOR.
OCUPOU A CADEIRA NÚMERO 10 DA ABL, NA SEGUINTE SUCESSÃO: EVARISTO DA VEIGA, RUI BARBOSA, LAUDELINO FREIRE, OSVALDO ORICO, DEPOIS ELE, ORÍGENES LESSA, PASSANDO A CADEIRA A LEDO IVO.


Sexo      Masculino
Atividade : Artes
Profissão : Professor/Capitão Vet. PMESP/Artista Plástico/Advogado apos./Escritor
Local:               Moji Guaçu-SP Estado de São Paulo -Sudeste, Brasil
Introdução   Paulista natural de Tatuí-SP, autor do livro O Castelo do Rei Scarparo, A Poderosa Ferramenta do Pensamento (revisão) Partícipe da Coletânea de Textos da AGL, Textos diversos, e especializados em trânsito nos Jornais: O Guaçuano (extinto) Gazeta Guaçuana, e Impacto de Moji mirim-SP
Prêmios/Artes: Aquisitivo, medalhas ouro, prata e bronze Salões Serra Negra, Amparo, Moji Mirim, Moji Guaçu Pirassununga (Academia de Força Aérea de Campo Fontenelle); Araras, Americana, Esp.Stº Pinhal, Poços de Caldas-MG, Ilha Comprida, Socorro, Limeira, São João Boa Vista. Obras no Exterior: França, Inglaterra, Líbano, Itália. Especialista em Direito do Trânsito, Grau Superior em Segurança Pública pela APMBB ; Membro da ABETRAN (Associação Brasileira de Educadores de Trânsito) Ex-docente do SENAC e da Polícia Florestal e de Mananciais; Bonsaista cultivador;  e membro fundador da AGL - Academia Guaçuana de Letras, Especialização em Trânsito Rodoviário e Rádio Patrulhamento  Aéreo e Terrestre  pelo CEOP-PMESP, Liderança e Técnica de Ensino – CEOP.

Interesses:  Bonsai, artes em geral, literatura e CTG(s) –(Centros Tradicionalistas Gaúchos) Tudo que se refere ao tradicionalismo gaúcho, à Logosofia e a neo-linguística  (Diasíncrofonia), que vem sendo desenvolvida pelo  Prof. Dr Plácido Pensar – RR de cujo projeto sou co-participante , colaborador e divulgador.

Filmes favoritos Persona;  Sissi (triologia);  Lily Marlene,  Na Era do Rádio,  Senhor dos Anéis, Avatar, Série Carlitos,  Pela Cor dos Olhos Teus.

Músicas favoritas  - As que me levam ao lugar onde as ouvi pela primeira vez...

Livros favoritos: A Bíblia Sagrada; Coleção Sherlock Holmes;  Coleção Agatha Cristie;  Acima de qualquer Suspeita, O último Judeu, A Bíblia Tinha Razão, a Maravilhosa História da Bíblia todos os de Rubem Alves, A conspiração Franciscana (jobn Sacks) A História (Biblia como romance) Os Pilares da Terra de Kem Follet;  O Condenado- Bernard Cornwell,  os de P.D.James (Morte no Seminário);   A Menina Que Não Sabia Ler de John Harding ; Contos, de Cecília Meireles; Contos de Machado de Assis, Todos os títulos de Orígenes Lessa . Poesias de Mario Quintana...(...)

Paul, se precisar de mais dados é só pedir. Um braço.

domingo, 12 de janeiro de 2014

"AGORA VOU MORAR EM MIM MESMO"

"AGORA VOU MORAR EM MIM MESMO"

Eu não sei se já lhes falei sobre esta história de Mário Quintana. Mas, se falei, fiquem tranquílos porque não é uma simples repetição e sim uma recordação do fato, para poder ter a base, para falar de outro assunto que virá a seguir.
Como dizia, lembrei-me de uma história que me contaram do Mário Quintana. Dizem que o poeta gaúcho morava em hotéis. Não há detalhes comentados da razão disso.
Mas dizem que morava durante anos, até que o hotel se fechava por algum motivo, ou ele próprio resolvia mudar-se. Por último, um hotel - que ele julgava dada sua idade avançada - que seria sua derradeira moradia, teve que fechar as portas, faliu ou coisa parecida. Quintana se viu forçado a fazer as malas e ir-se embora.                                                                                                                                        
Mediante isso Quintana disse: - "Agora moro em mim mesmo."

Faço tal introdução, para dizer que antigas, venerandas e veneradas Instituições, que não fazem parte de saudade nem nostalgia de ninguém, de nenhuma idade, por serem perpétuas, eternas, - ou deveriam ser - vêm se fazendo contrárias aos ventos que alentavam minha crença maior, formação e caráter; o introspectivo intelecto gerador das emoções, opiniões e sentimentos mais caros, não só à minha pessoa, mas ao espectro de ações e relações que norteam a vida circundante e todo o edifício de meus relacionamentos anteriores. E de muitos que pensam da mesma forma que minha pessoa.
Pouco se importam com essa minha opinião. Devem pensar que no mundo existem quatrilhões de pessoas, e por uma lógica de assertivas, é possível que mísero milhão, não aprovem essa corrida "ao Santo Graal" tão acirrada quanto nos tempos medievais. Na Parte oriental do planeta há tanto derramamento de sangue quanto na Idade Média e pelo mesmo motivo a Igreja, ou a busca do sagrado, para prendê-lo em suas gaiolas de ouro particulares.
Deus é passáro livre. Não é pássaro de gaiola, nem de ouro nem de prata diamantes ou ostentação grandiloquente. Não precisa de tanto dinheiro como se comesse tanto que precissasse as contas das igrejas que o pregam terem que enviar dinheiro para paraizos fiscais. Se transformarem em multinacionais da exploração da "Boa-Fé" pública. Não são gaiolas, são arapucas, são laços de passarineiros -"armadilhas" -
A mais crônica das mudanças, no ímpeto de um pós-modernismo desassombrado das competições da busca ao sagrado, da fé (ou da boa-fé) numa desbragada ganância material, as igrejas vem se multiplicando como nuvem de gafanhotos, com as denominações mais bizarras, que se tornam por vezes ridículas e risíveis, denotando o nível mental de seus fundadores.
São como disse arapucas, caça-níqueis, que aceitam cheque, cartão de crédito, pré datados e prestações no cartão, como contribuição (compulsória) e a mais coletas e envelopes para doações especiais.
Sou um crente, protestante, do ramo calvinista, mas hoje um descrente (não de Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo) mas da instituições dos homens. Da administração que só visa a venda de cada palavra falada, cada letra escrita, cada benção impetrada, e cobram caro por isso!
A parte central desta exposição de motivos é : A igreja já não é mais minha "oykos"- do grego casa -; dela estou desabrigado como o poeta Mário Quintana:  "estou morando em mim mesmo" mas, assistido pela minha Fé, isto ninguém rouba, nem a ferrugem consome. Faço cada vez mais minhas orações na "Catedral" de meu quarto, usando o próprio meio de Deus, seu "templo" que é meu corpo, (Sagradas Escrituras).
Para mim, oykos e eclésia, não são mais sinônimos de casa, de acolhimento recursal da fé e do amor cristão e de Deus.

Mudam-se dogmas, doutrinas e conceitos milenares em favor da administração templaria, adaptações modernas e mais, pós-modernas em busca de quantidade de pessoas, o maior número de contribuintes possíveis, vendem quimeras, como se vendiam as indulgências a que Frei Martinho Lutero se rebelou, originando pelo cisma a doutrina Protestante, de que os pós-modernistas se apossaram como o chupim faz com o ninho da pobre fêmea do tico-tico. Botam lá seu ovo, e a coitada choca e cria aquele enorme filhote do chupim, duas vezes maior que ela. Uma vez, quando cursava a Academia de Oficias PM cercada de área verde observei esse fato: o filhotão esfameado, corre com o bico aberto atrás da tico-tico e a coitadinha tem que dar conta de alimentá-lo, já emplumado e sabendo voar.

Há casos de invasão (pacífica e paulatina) de uma igreja de outra doutrina envangélica protestante, por denominados "pentecostais" que se cognominaram evangélicos por conta própria, aos poucos o pastor começa a dar ares de "pentecostalismo", de repente pregam o "falar outras línguas" o "levantar clamor" que é aquele  falatório em  que ninguem se entende. O "Grupo de Louvor", na verdade uma Banda de Rock toca tão alto quanto metaleiros alucinados. Neste caso, os antigos membros da originária doutrina saem da igreja e vão procurar outra de sua antiga dogmática e doutrina.
As pós-modernizações são concorrentes como disse, conforme uma igreja vai aumentando o número de fiéis vão procurando predios maiores, e a Banda de Rock vai aumentando de tamanho e de decibéis.

Contra o calor, existe ar-condicionado nas mais ricas e/ou ventiladores na demais, fora disso há o recurso do leque ou folha de papel para se abanar... E contra os altíssimos decibéis das Bandas e vozes agudas? Fazer o que? - Usar tapa-ouvidos industriais, aqueles de espuma de borracha, ou tapas profissionais, tpo conchas, os melhores! - Mas isso não dá para usar ou fazer, causará espécie.
Quando todo mundo dança então em seus lugares? As mulheres rebolam e requebram, os homens se balançam e todos batem palmas. Um verdadeiro show.
 Ponho-me a pensar, "e no céu o que pensa Deus, Jesus, os Anjos os Santos e as Santas? Será que rebolam e  dançam todos também? Será que há Bandas de Rock Metaleiros, auto-denominados Gospel acabando com o sossego do silêncio e da paz celestial. Eu quero ir para lá para meditar, louvar ao Criador e Nosso Senhor, em Espírito e Verdade, gozando da paz e do silêncio celestial tão almejado.
 Para ser atormentado por Rock da Pesada, Hip-Hop, Rap, Pagodão e Chachado, não quero, já basta meu vizinho que de 2ª a 2ª feira, de Janeiro a Dezembro, das 06;00h às 23;00h toca seu aparelho de som. e os sons graves parecem que estão dentro de minha cabeça. Não dá nem para pensar. Assim está sendo nas igrejas...
Vai aparecer quem me censure. Como diz o Zé Simão: " Eu tenho a foto"; melhor, os vídeos, os Cds comprados lá na igreja. Não adianta, é essa a verdade! Se, disserem que, quem não acompanha o progresso é candidato ao fracasso, à falência, devem alertar-se de que Jesus não veio ao mundo implantar um "negócio" um sistema de franquia  como os usados como multinacionais. E isso começado a se dizer dos "protestantes históricos" e os "neo-agregados", vale para toda e qual Igreja, de qualquer Denominação, orientação, dogma ou doutrina, não excetuo nenhuma, nem a romana nem as reformadas por Frei Martinho Lutero e conseguintes seguidores.
Então o jeito é este: Fazer as malas e ir embora. "Morar em mim mesmo"!











domingo, 5 de janeiro de 2014







                                      A FORMIGUINHA FIZUNGA

Na orla de um bosque, estendia-se um campo enorme, cheio de formigueiros. Aos quais as formigas chamavam de “Reinos”.

Em um desses reinos das formigas, morava uma formiguinha de nome Fizunga. Era igual às suas coleguinhas, muito trabalhadeira. Trabalhavam dia e noite o ano inteiro. Só tiravam férias durante o inverno, quando ficava muito frio. Ela era uma formiguinha que morava bem ao sul do país, onde no inverno até cai neve.

Ela tinha uma diferença das demais, era muito inteligente, persistente e de bom coração. Ajudava muito suas amiguinhas.

Fizunga e suas coleguinhas, no reino, eram chamadas de operárias, porque eram responsáveis para trazer alimentos para o reino e alimentar - a Grande Formiga Rainha, que era a mãe de todos . Tratavam dos “formiguinhos” que viravam soldados do reino, das formigas velhas que não podiam mais trabalhar, cuidavam dos ovos e alimentavam os filhotes. Eram, além de trabalhadoras, também babás.

Os soldados eram aqueles de capacete grande, que os deixavam cabeçudos e cresciam neles ferrões parecidos com alicatinhos. Os “meninos-formigas” eram treinados para defender o Reino contra os inimigos. Quem já tomou uma picada de formiga sabe que dói e arde bastante.
Pois bem, conhecendo a vida de Fizunga e seu reino, vamos à sua aventura:

Estava chegando os ventos frios do inverno e as coleguinhas de Fizunga já haviam abandonado o carreiro – que é aquela filinha que elas fazem para buscar comida -, mas nossa heroína, queria ainda continuar, mesmo sozinha ir bem longe buscar comida. Ela pensava: - Preciso ir para pegar um bom pedaço daquele caqui que caiu do pé, e está amassado no chão...

As formigas adoram caqui, porque eles são docinhos, e a família de Fizunga estava com fome. Tinha ela uma irmãzinha e um irmãozinho, além de seu papai e mamãe, já velhos. Geralmente sobra pouco para as operárias por causa da grande fome da Rainha que é muito grandona. Então, apesar de sua mamãe falar: - Não vá Fizunga, todas as outras meninas já voltaram para casa porque pode nevar. Ela respondeu: - Não se preocupe mamãe eu vou é já volto depressa.

Acontece que, quando Fizunga voltava, só com um chalezinho no pescoço, começa a cair neve sem parar. Ela apressa os passos para chegar logo ao reino. Vai ficando cada vez mais difícil andar na neve. Seus pezinhos estão afundando cada vez mais, até que ficou presa na neve. Seus pezinhos começam a gelar, apesar das botinhas que a mamãe a fez calçar.

Aí ela se lembra: - Ah! Vou pedir para o senhor Sol, esquentar e derreter a neve que meu pezinho prende. E fala assim: “seu” Sol, o senhor está me escutando? Ele responde: Sim, claro, estou lhe escutando formiguinha! Ela fala: “seu” Sol, o senhor poderia esquentar e derreter a neve que meu pezinho prende?                                                                                         Fala o Sol: - Minha querida formiguinha Fizunga, eu queria tanto poder ajudá-la. Mas eu não posso!                                                                                – Por que o senhor que é tão quente e forte não pode “seu” Sol? – Fala Fizunga.                                                                                                        Porque a “Dona” Nuvem  muito grande e cheia de chuva, está parada na minha frente... Responde o Sol.                                                                          - Que faço então “seu” Sol ?                                                                                    - Ele diz: - Peça para a Dona Nuvem sair de minha frente Fizunga!

Fizunga fala com a nuvem: Dona Nuvem, por favor, estou morrendo de frio, meu pezinho está gelado, a senhora poderia sair da frente do Sol para ele esquentar e derreter a neve que meu pezinho prende? – A Nuvem responde:                                                                                                          - Queridinha Fizunga, eu gostaria muito de poder ajudá-la, mas eu não posso!
- Fizunga em desespero: - Quem pode! Quem pode então Dona Nuvem??
- Quem poderá ajudar-lhe será o senhor Vento que pode soprar forte afastando-me do sol.                                                                                             - Obrigada Dona Nuvem. - Agradece Fizunga.
- “seu” Vento, por favor, estou com meus pezinhos gelados, acho que vou morrer!                                                                                                            O vento que gostava demais de Fizunga disse assim: Minha querida formiguinha Fizunga, lamento muito (quase chorando) eu queria fazer tudo para te ajudar, mas eu não posso!!
Fizunga quase ao desespero diz: - “Seu” Vento, o senhor que é tão forte, quando fica bravo derruba árvores e telhados, faz grandes ondas no mar, e não pode ajudar uma pobre formiguinha? O senhor não pode soprar forte  para a Dona Nuvem que está pesada, sair da frete do Sol, para o senhor Sol, esquentar e derreter a neve que  meu pezinho prende?                                 O vento então fala: - Eu não posso, mas tem quem pode, é a mamãe Natureza!                                                                                                         - Obrigada, muito obrigada “seu” Vento o senhor é mesmo meu amigo...!              - Fala Fizunga.

E Fizunga estão fala com a mamãe Natureza: - Mamãe Natureza, a senhora que é tão bondosa, cuida de todos os animais, das árvores, das fontes, não vai deixar que eu morra gelada não é mesmo?                                              A mamãe Natureza, medita um instante e diz: - Minha querida e linda formiguinha Fizunga, vou te explicar, é com grande sentimento no coração, mas eu não posso te ajudar, mas tem quem pode...!

Fizunga começa a chorar, percebendo que iria morrer de frio e gelada, pois nem a mamãe Natureza a podia ajudar...!! Quando então mamãe Natureza lhe diz: - Fizunga meu amorzinho, quem pode lhe ajudar é a mamãe Terra, peça para ela te escutar!
- Obrigada – diz Fizunga enxugando os olhinhos. – Mamãe Terra, ô mamãe Terra a senhora está me escutando, já estou muito fraquinha...                       A senhora poderia me ajudar...?  Dando poder à mamãe Natureza, para que ela possa deixar o senhor Vento forte, para que ele possa soprar a Dona Nuvem, que está tapando o senhor Sol, pra que ele possa esquentar e derreter a neve que  meu pezinho prende?  - E... aguarda esperançosa!
Aí a mamãe Terra diz: - Formiguinha, formiguinha Fizunga, eu gostaria muito de poder dar ordens à mamãe Natureza para que ela ficasse poderosa para deixar o senhor Vento muito forte e soprar a Dona Nuvem para longe, destapando o senhor Sol para ele esquentar e derreter a neve que o seu pezinho prende, mas desculpe-me, eu não posso. Mas vou dizer-lhe quem, com toda a certeza pode.

Quase sem forças, com a voz fraquinha, mesmo assim já desanimada, Fizunga agradece à mamãe Terra e pergunta: - Quem poderá me ajudar agora mamãe Terra? – Mamãe Terra diz:
- Quem pode ajudar sem dúvidas é o Papai do Céu! Peça a ele que comanda a nós todos e Ele vai ajudar- lhe minha queridinha Fizunga.
Então Fizunga olha para cima e diz bem alto: - PAPAI DO CÉU! PAPAI DO CÉU, O SENHOR ESTÁ ME ESCUTANDO?                                      E o Papai do Céu então imediatamente responde: - Claro Fizunga, minha formiguinha querida , estou te escutando muito bem. Diga-me o que tu queres?
Fizunga sem conter as lágrimas de alegria e agradecimentos diz: - Papai do Céu, eu queria que o Senhor pedisse para a mamãe Terra, fazer poderosa a mamãe Natureza, para que ela deixasse bem forte o senhor Vento e ele pudesse soprar para longe a Dona Nuvem, para que ela saia da frente do senhor Sol - e ele que é sempre alegre - possa esquentar e derreter a neve que os meu pezinho prende!!
O Papai do Céu pergunta: - Só isso queridinha formiga Fizunga?                      - Sim Papai do Céu, só disso que eu preciso, para poder levar esse pedacinho de caqui, para meus irmãozinhos e meus pais que estão com fome!
O Papai do Céu diz para Fizunga: - Você é uma boa menina, tem um coração de ouro, pensa mais nos outros que em si mesma, seu reino será abençoado e lá nunca haverá fome ou perigo. Vá, com meus Anjos Protetores, querida formiguinha Fizunga e obedeça a seus pais contra os imprevistos da mamãe Natureza .
E ela e sua família foram felizes para sempre.